Notícias | Rascunho da COP 28 aborda “transição” e omite menção à eliminação de combustíveis fósseis

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Rascunho da COP 28 aborda “transição” e omite menção à eliminação de combustíveis fósseis


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Rascunho da COP 28 aborda “transição” e omite menção à eliminação de combustíveis fósseis

Na COP 28, a discussão sobre o futuro dos combustíveis fósseis foi um dos pontos mais importantes. O rascunho do documento não incluiu a expressão “phase out”, mas propôs a transição para abandonar essas fontes de energia, que representam cerca de 80% da energia global. O objetivo é atingir o equilíbrio líquido de zero emissões até 2050.

A reunião desta manhã tem como objetivo aprovar o texto final do acordo, encerrando duas semanas de negociações desafiadoras. Tasso Azevedo, do Observatório do Clima, acredita que o uso do termo “transição” não é suficiente para frear o aquecimento global. Ele enfatiza a importância de eliminar os combustíveis fósseis para alcançar o objetivo de zerar as emissões até 2050.

A posição de alguns governos a favor da eliminação gradual dos combustíveis fósseis foi questionada por países produtores de petróleo, que se opõem a termos enfáticos sobre o fim dessas fontes de energia poluentes.

O representante dos EUA para questões climáticas destacou o progresso do novo acordo, com uma abordagem mais incisiva em relação aos combustíveis fósseis. A presidência da COP afirmou que o primeiro rascunho tinha o objetivo de estimular as conversas.

Apesar dos entraves nas negociações sobre a renúncia aos combustíveis fósseis, espera-se que a conferência seja um sucesso.

Os combustíveis fósseis são os principais responsáveis pelo aquecimento global, conforme afirmado pela ciência. Sendo assim, muitas pessoas esperavam um compromisso para eliminar gradualmente o uso do carvão, petróleo e gás durante a conferência climática da ONU.

Surpreendentemente, o primeiro rascunho do texto mais importante da conferência, que ocorreu em Dubai, não mencionava diretamente a eliminação dos combustíveis fósseis. Em vez disso, propunha a gradual eliminação dos subsídios ineficientes destinados a esses combustíveis. Essa posição mais restrita causou insatisfação em diversos países e ambientalistas, que pediram por termos mais fortes nesta questão.

No entanto, para que um acordo seja alcançado durante a conferência climática, é necessário que todos os 198 países participantes entrem em consenso sobre o texto. Segundo a agência Reuters, o presidente da conferência sofreu pressão da Arábia Saudita, líder da OPEP, para evitar qualquer menção aos combustíveis fósseis no documento final. Essa pressão levou a um impasse nas negociações, impedindo a publicação do texto final na data prevista.

Diante disso, ativistas e especialistas se mostraram preocupados com a falta de medidas concretas para eliminar as fontes de energia poluentes. O aumento do CO2 na atmosfera, causado pela queima de combustíveis fósseis, é um dos principais fatores do aquecimento global, gerando consequências como incêndios, secas e tempestades mais frequentes em todo o mundo. A pressão para a eliminação desses combustíveis tem a intenção de combater as mudanças climáticas.

A COP 28, também conhecida como Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de Dubai, despertou expectativas sobre possíveis ações para lidar com a questão dos combustíveis fósseis, porém até o momento não foram apresentadas medidas concretas. A falta de consenso entre os países participantes e a influência de grandes produtores de combustíveis fósseis dificultam a busca por soluções efetivas.






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