Os 129 indivíduos retidos na Faixa de Gaza: Uma análise detalhada.
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Os 129 indivíduos retidos na Faixa de Gaza: Uma análise detalhada.
Após um trágico erro do exército israelense, familiares de reféns estão pressionando o governo de Benjamin Netanyahu por um novo acordo com o Hamas para a libertação de 129 reféns que ainda estão em poder do grupo terrorista em Gaza.
O erro militar ocorreu quando soldados, em patrulha terrestre, confundiram as vítimas como uma ameaça e abriram fogo contra elas.
Numa tentativa de resolver o impasse com os sequestrados, familiares e apoiadores fizeram um protesto em frente ao Ministério da Defesa em Tel Aviv, pedindo um novo acordo com o grupo palestino armado para a libertação dos reféns restantes.
Atualmente, há 110 reféns vivos, 19 corpos de reféns mortos em Gaza e 11 corpos de pessoas mortas no ataque de 7 de outubro no enclave. Dentre os reféns vivos, 100 são israelenses ou possuem dupla nacionalidade, enquanto os outros 10 são estrangeiros. No entanto, não há confirmação sobre a condição de todos eles.
Através de um acordo intermediado pelo Catar no final de novembro, houve uma trégua de uma semana nos combates, resultando na libertação de cerca de 100 reféns do Hamas e de 240 prisioneiros palestinos em Israel, além da entrega de ajuda humanitária de emergência à população palestina.
Entre as mulheres sequestradas, 16 ainda permanecem em Gaza, incluindo uma de 70 anos. Cinco mulheres soldados também estão entre os reféns. No total, 92 homens adultos são mantidos como reféns, enquanto sete idosos com idade acima de 70 anos ainda estão sequestrados, incluindo maridos de mulheres já libertadas.
Há também pelo menos 32 reféns que foram sequestrados durante o festival Supernova, que contou com a presença de mais de 3.000 pessoas. A situação dos reféns continua preocupante e cada vez mais pressão está sendo feita para que um novo acordo seja negociado.
No recente conflito entre Israel e grupos armados palestinos, três reféns israelenses foram mortos por engano pelas forças israelenses. As vítimas incluíam um baterista, um estudante de engenharia da computação e um trabalhador agrícola. A notícia trouxe grande comoção e levou os familiares a protestarem e exigirem negociações para a libertação dos reféns.
No total, cerca de dez colônias agrícolas israelenses relataram o desaparecimento de moradores, com vários reféns ainda em cativeiro. Além disso, quatro israelenses e um eritreu estão desaparecidos, presumivelmente sequestrados ou mortos.
O Exército de Israel lamentou a trágica situação e afirmou ter aprendido lições com o incidente, transmitindo as informações para suas tropas. O chefe do Mossad, serviço de inteligência de Israel, está planejando se reunir com autoridades do Catar para discutir uma segunda fase da trégua e o possível resgate de mais reféns.
Especialistas do Oriente Médio argumentam que essas mortes poderiam ter sido evitadas, apontando para a estratégia de bombardeios indiscriminados em Gaza e operações terrestres como fatores que aumentaram o risco para os reféns. A ministra das Relações Exteriores da França fará uma visita a Israel no domingo, buscando evitar o agravamento do conflito na região.
Apesar do apelo do presidente americano para reduzir a intensidade dos bombardeios, ataques aéreos recentes em Gaza resultaram na morte de pelo menos 14 pessoas e deixaram outras vítimas sob escombros. Israel também alega ter matado militantes escondidos em escolas na Cidade de Gaza.
Uma operação de busca em apartamentos de Khan Younis resultou na descoberta de armas e de uma infraestrutura subterrânea utilizada pelo Hamas, de acordo com informações divulgadas pelo Exército.
Em resposta a um ataque terrorista ocorrido no início de outubro, que resultou na morte de 1.200 pessoas no sul do país, o governo de Israel prometeu “destruir o Hamas”. Desde então, houve uma série de retaliações israelenses, com trágicas consequências para a Faixa de Gaza. Aproximadamente 18.800 palestinos foram mortos, sendo que a maioria das vítimas (70%) são mulheres, adolescentes e crianças.