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Novo Imunizante contra Dengue: 5 Aspectos que Você Deve Conhecer


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Novo Imunizante contra Dengue: 5 Aspectos que Você Deve Conhecer

Uma nova vacina contra a dengue está disponível em clínicas privadas de alguns países da União Europeia, Indonésia, Tailândia e Argentina. Produzida pela Takeda Pharma, a disponibilidade da vacina ainda é restrita devido à capacidade limitada de fornecimento de doses. O início da vacinação priorizará públicos e regiões com base na incidência da doença.

A vacina pode ser administrada em indivíduos de quatro a 60 anos, independentemente de terem tido dengue no passado, ao contrário da vacina anterior, Dengvaxia, que exigia infecção prévia. A primeira pessoa a ser vacinada em Dourados foi uma mãe que perdeu seu filho para a dengue, em meio ao aumento significativo de casos da doença.

Em 2022, o Brasil registrou 1,6 milhão de casos de dengue, com 1.079 óbitos confirmados e 211 em investigação. A mudança climática tem impacto direto no aumento dos casos, favorecendo a proliferação do mosquito transmissor, Aedes aegypti. A pesquisadora Cláudia Codeço alerta para um possível aumento nos casos em 2024.

A vacina contra a dengue contém vírus enfraquecidos para desencadear uma resposta imunológica sem causar a doença. Deve ser administrada em duas doses com intervalo de três meses. Com quatro sorotipos da dengue, a eficácia da vacina varia para cada tipo. Após 18 meses da segunda dose, os resultados mostraram eficácia diferente para os sorotipos, com desafios apontados por pesquisadores da Fiocruz.

Um pesquisador da Fiocruz alerta que a população com até 15 anos, que não teve exposição à dengue 3, está suscetível à infecção por esse vírus, que não era visto desde 2008. A gravidade da doença está relacionada à infecção secundária, tornando aqueles que tiveram dengue anteriormente mais propensos a desenvolver casos severos.

Embora a dengue 3 e 4 não causem necessariamente quadros mais graves, é importante considerar a proteção menor da vacina em casos de infecção secundária por esses sorotipos. A nova vacina contra a dengue 1 e 2 demonstra boa eficácia, podendo reduzir os riscos de uma segunda infecção.

O Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, é reconhecido por sua coloração escura com listras brancas e é diurno. A vacina Qdenga é indicada para crianças a partir de quatro anos e adultos até 60 anos, com restrições para gestantes, lactantes e indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos.

A OMS passou a recomendar a vacina desenvolvida pela Takeda, destacando a importância de conter a dengue em países endêmicos. No Brasil, a aplicação da vacina está autorizada, sendo comercializada em clínicas particulares por valores entre R$ 300 e R$ 800.

A vacina passou pela avaliação da Conitec, órgão que assessora o Ministério da Saúde na incorporação de tecnologias no SUS, e foi aprovada para inclusão no PNI em dezembro de 2023. A rapidez da aprovação pode ser atribuída à experiência adquirida durante a pandemia da Covid-19, que otimizou os processos regulatórios de novos medicamentos e vacinas.

Uma parceria entre a Secretaria de Saúde de uma cidade do Mato Grosso do Sul e a fabricante da vacina contra a dengue permitiu antecipar a vacinação em massa nesse município. Enquanto em outras partes do Brasil o Ministério da Saúde planeja iniciar a imunização a partir de fevereiro, essa ação inicial será direcionada para públicos prioritários devido à limitação de fornecimento da vacina pela empresa responsável.

A vacina, que requer duas doses com três meses de intervalo entre elas, teve seu cronograma de entrega estabelecido para os próximos anos, com uma distribuição mensal de doses planejada de acordo com as capacidades de produção. A primeira cidade a iniciar a vacinação contra a dengue no país foi Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Uma vacina chamada Dengvaxia, desenvolvida por outra empresa farmacêutica, inicialmente parecia promissora e foi aprovada por diversas agências regulatórias em 2015. Porém, descobriu-se após sua aplicação em larga escala que ela poderia aumentar o risco de dengue grave em indivíduos sem histórico prévio da doença. Isso levou a recomendações de uso apenas em quem já havia tido contato com o vírus, eliminando, na prática, sua utilização em larga escala na rede pública de saúde.

Essa vacina aprovada anteriormente exigia uma série de restrições, como a realização de testes prévios e a aplicação de três doses com intervalos de seis meses para conferir proteção. Diferentemente, a nova vacina Qdenga não apresenta essas limitações, sendo considerada uma evolução nesse sentido. O governo brasileiro também investe na produção nacional de vacinas contra a dengue, como no caso da vacina em fase de testes do Instituto Butantan.

Segundo informações recentes, um medicamento tetravalente está em fase avançada de testes clínicos, com previsão de aprovação na Anvisa no próximo ano. O instituto responsável pelo desenvolvimento da vacina divulgou que os testes estão na fase 3, com resultados preliminares exibindo uma eficácia de 79,6% na prevenção de casos de dengue sintomática. O estudo, iniciado em 2022, tem previsão de conclusão em 2024, após o acompanhamento de todos os participantes por um período de 5 anos.






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