Notícias | Ministério da Agricultura declara estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul devido a caso de doença de Newcastle em granja de aves.

| Ministério da Agricultura declara estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul devido a caso de doença de Newcastle em granja de aves. |

Ministério da Agricultura declara estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul devido a caso de doença de Newcastle em granja de aves.


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Ministério da Agricultura declara estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul devido a caso de doença de Newcastle em granja de aves.

O impacto da Doença de Newcastle em humanos

A Doença de Newcastle é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sintomas respiratórios e nervosos, diarreia e edema da cabeça. O especialista entrevistado, o professor Hamilton Luiz de Souza Moraes, explicou que a transmissão da doença para seres humanos é limitada, causando no máximo conjuntivite temporária, com duração de aproximadamente uma semana. Esta transmissão ocorre por contato e não pelo consumo de aves contaminadas.

O professor destaca que a Doença de Newcastle é classificada como uma zoonose de classe 2, de baixo impacto na saúde pública, sendo assim mais prejudicial para as aves. A transmissão entre as aves acontece principalmente através de aves migratórias infectadas, que cruzam rotas comuns pelo mundo, podendo infectar aves domésticas. A prevenção da transmissão da doença em humanos envolve medidas de controle sanitário e higiênico no contato com aves doentes.

Diante da disseminação potencial da doença por aves migratórias e pela transmissão aérea do vírus, é essencial adotar medidas preventivas rigorosas para evitar surtos e epidemias. O cuidado adequado com a higiene e a eliminação de aves doentes dos locais contaminados são essenciais para a contenção da doença e a proteção da saúde pública e avícola.

Em caso de surtos da Doença de Newcastle, as autoridades agropecuárias seguem protocolos específicos, como a eliminação das aves infectadas, a desinfecção dos locais e a interdição dos estabelecimentos para evitar a propagação do vírus. A vacinação preventiva das aves é outra medida importante para controlar a disseminação da doença e minimizar seus impactos.

A transmissibilidade e letalidade da Doença de Newcastle

Devido à rápida difusão do vírus da Doença de Newcastle pelo ar, a enfermidade é altamente transmissível entre as aves, podendo se disseminar rapidamente para outras regiões. O especialista alerta que o descarte inadequado de aves contaminadas ou mortas pode contribuir para a disseminação do vírus em larga escala. A letalidade da doença é elevada, podendo levar à morte quase 100% das aves infectadas.

Os órgãos fiscalizadores têm grande preocupação com a dispersão da Doença de Newcastle e adotam medidas rigorosas para conter os surtos e evitar a propagação do vírus. Investigação epidemiológica e monitoramento em áreas de ocorrência são essenciais para controlar a disseminação da doença e prevenir novos surtos. A prevenção e o controle eficazes são fundamentais para proteger a avicultura e a saúde das aves.

O cuidado com a biosegurança nas criações avícolas, a vacinação adequada e a vigilância epidemiológica são estratégias essenciais para manter a sanidade das aves e reduzir os riscos de contaminação pela Doença de Newcastle. A colaboração entre os órgãos de controle e os produtores rurais é fundamental para garantir a segurança sanitária e a sustentabilidade da avicultura.

Em face da alta transmissibilidade e letalidade da Doença de Newcastle, a implementação de medidas preventivas e de controle eficazes é imprescindível para proteger tanto as aves quanto a saúde pública. A cooperação entre os diferentes atores envolvidos no setor avícola é fundamental para mitigar os impactos negativos da doença e garantir a segurança alimentar e a saúde das populações.

A recorrência e o impacto financeiro da Doença de Newcastle

No Brasil, o último registro da Doença de Newcastle foi em 2006, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O especialista destaca que o foco da doença se concentrou no município de Vale Real, próximo a Porto Alegre, onde medidas de controle foram adotadas para conter a disseminação do vírus. A eliminação e destruição das aves infectadas foram necessárias para evitar a propagação da doença.

O impacto financeiro da Doença de Newcastle pode ser significativo, não apenas para os produtores avícolas, mas também para os países que dependem da exportação de aves e produtos avícolas. Os sacrifícios de aves e as medidas de controle sanitário adotadas em caso de surtos podem causar prejuízos econômicos, além de afetar a reputação e a competitividade no mercado internacional.

A prevenção e o combate eficazes da Doença de Newcastle são fundamentais para evitar prejuízos financeiros e proteger a saúde das aves e a segurança alimentar. Ações coordenadas entre os órgãos de controle, os produtores e a sociedade são essenciais para garantir a biossegurança e a sustentabilidade da avicultura, prevenindo surtos e mitigando os impactos socioeconômicos da enfermidade.

Em um cenário de globalização e interconexão, a prevenção e o controle adequados da Doença de Newcastle são essenciais para proteger a saúde das aves, a segurança alimentar e a economia avícola. A colaboração e a vigilância constante são fundamentais para enfrentar os desafios da doença e manter a sustentabilidade do setor avícola em níveis nacional e internacional.

A Importância do Brasil como Exportador de Carne de Frango

O Brasil ocupa um lugar de destaque no cenário global como principal exportador de carne de frango. Esse setor desempenha um papel fundamental na economia do país, gerando empregos e contribuindo significativamente para as exportações brasileiras. Países ao redor do mundo confiam na qualidade e na quantidade da carne de frango produzida no Brasil, o que torna essa indústria vital para o comércio internacional.

Porém, a posição de liderança do Brasil no mercado de carne de frango também traz desafios, como a necessidade de garantir a segurança alimentar e a sanidade dos produtos exportados. Surpresas como surtos de doenças podem impactar diretamente as exportações e colocar em risco a reputação do país como fornecedor confiável de carne de aves. Essa realidade ficou evidente em um episódio marcante que aconteceu no ano de 2006.

Naquele período, a indústria brasileira enfrentou um obstáculo significativo quando a importação de carne de frango foi interditada em determinados mercados por aproximadamente três meses. Essa interdição teve reflexos diretos nas operações das empresas do setor, que precisaram lidar com a queda nas exportações e buscar soluções para manter a competitividade no mercado internacional.

Apesar dos desafios enfrentados, a indústria brasileira de carne de frango demonstrou resiliência e capacidade de adaptação durante o período de interdição. As empresas investiram em medidas rigorosas de segurança e controle de qualidade, buscando restabelecer a confiança dos países importadores e retomar as operações de exportação.

O Impacto da Interdição na Indústria Brasileira

A interdição da importação de carne de frango teve um impacto significativo na indústria brasileira, que precisou enfrentar desafios inesperados para manter sua posição no mercado global. A suspensão temporária das exportações gerou prejuízos financeiros e colocou em xeque a reputação do Brasil como um fornecedor confiável e seguro de carne de aves.

Além dos aspectos econômicos, a interdição também trouxe à tona questões relacionadas à segurança alimentar e à qualidade dos produtos brasileiros. A necessidade de aprimorar os processos de produção e controle de qualidade se tornou ainda mais premente, incentivando as empresas a adotarem práticas mais rigorosas e transparentes para assegurar a conformidade com os padrões internacionais.

O episódio da interdição também evidenciou a importância da cooperação entre o setor público e privado na busca por soluções que permitissem a retomada das exportações de carne de frango. O diálogo entre as autoridades sanitárias, as empresas do setor e os países importadores se mostrou essencial para superar os desafios e restabelecer a confiança no produto brasileiro no mercado internacional.

Diante das adversidades enfrentadas, a indústria brasileira de carne de frango demonstrou sua resiliência e capacidade de adaptação, reafirmando seu compromisso com a qualidade e a segurança dos produtos exportados. O episódio da interdição serviu como um catalisador para o aprimoramento contínuo dos processos e práticas do setor, fortalecendo sua competitividade no mercado global.

A Retomada das Exportações e o Futuro da Indústria Brasileira

Após o período de interdição, a indústria brasileira de carne de frango enfrentou o desafio de reconquistar a confiança dos países importadores e retomar as exportações. Para isso, foi necessário um esforço conjunto das empresas do setor, das autoridades sanitárias e dos parceiros comerciais no exterior para garantir a segurança e a qualidade dos produtos brasileiros.

Com o passar do tempo, a indústria conseguiu superar os obstáculos e retomar as operações de exportação de carne de frango, reconquistando gradualmente sua posição no mercado internacional. As empresas investiram em inovação, tecnologia e boas práticas de produção para assegurar a conformidade com os mais altos padrões de qualidade e segurança alimentar.

O episódio da interdição serviu como um aprendizado para a indústria brasileira, que aprimorou seus processos e controles internos para evitar situações semelhantes no futuro. A transparência, a cooperação e o compromisso com a excelência tornaram-se pilares fundamentais para garantir a sustentabilidade e competitividade do setor a longo prazo.

A superação dos desafios enfrentados durante a interdição da importação de carne de frango em 2006 demonstrou a resiliência e a capacidade de adaptação da indústria brasileira, reafirmando seu compromisso com a qualidade, a segurança e a excelência no mercado global.

Imagens: G1 / Divulgação






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