Justiça separa acusação do MPF contra governador Gladson Cameli em investigação de possível esquema criminoso
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Justiça separa acusação do MPF contra governador Gladson Cameli em investigação de possível esquema criminoso
Foi decidido que somente o STJ poderá julgar o governador Gladson Cameli, enquanto os demais denunciados serão julgados em 1ª instância. A decisão sobre se Cameli será considerado réu será anunciada em 22 de fevereiro de 2024. No entanto, a análise sobre o afastamento do cargo não foi realizada ainda. Medidas cautelares foram renovadas, proibindo o contato entre os investigados e o acesso a órgãos públicos por mais 180 dias. O governador precisará notificar a Justiça sobre viagens ao exterior.
A denúncia da PGR contra o governador Gladson Cameli envolve a empresa Murano Construções e empresas subcontratadas, incluindo seu irmão como sócio. Alega-se que foram pagos mais de R$ 6,1 milhões em propina por meio de parcelas de um apartamento em São Paulo e um carro de luxo. A investigação aponta que o esquema continuou mesmo após o encerramento do contrato com a empresa, atingindo aproximadamente R$ 150 milhões em prejuízos aos cofres públicos.
A fraude licitatória teve início na adesão da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano do Estado do Acre a uma ata de registro de preços vencida pela empresa Murano, que não tinha experiência no Estado. A empresa foi responsável pela execução de obras rodoviárias através de subcontratações, incluindo uma empresa da qual o irmão do governador é sócio.
Em nota, o governador afirmou confiar na justiça e que estaria disponível para esclarecimentos. Ele também mencionou que continuaria com sua agenda na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que ocorreria nos Emirados Árabes Unidos.
O governador Gladson Cameli e outras doze pessoas são suspeitas de crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Segundo estimativas, as práticas ilícitas teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos. A condenação será proporcional à participação de cada indivíduo no esquema criminoso.
O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, solicitou o afastamento do governador do Acre durante o curso da investigação criminal. Se condenado, o governador poderá enfrentar mais de 40 anos de prisão por diferentes crimes. A denúncia foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está relacionada a irregularidades na contratação da empresa Murano Construções por parte do governador. A empresa teria recebido um montante de R$ 18 milhões para a realização de obras públicas. Além do governador, outras pessoas também foram denunciadas, incluindo a ex-mulher dele, dois irmãos, servidores públicos, empresários e pessoas que teriam atuado como intermediários no esquema.
Gladson Cameli, personagem central dessa denúncia, é o governador do Acre. O pedido de afastamento se baseia em evidências coletadas durante a Operação Ptolomeu, que investigou essa contratação fraudulenta. As suspeitas são de desvio de dinheiro público.
As investigações estão em andamento e as acusações serão apuradas pelo STJ. O governador será afastado do cargo enquanto o processo estiver em andamento. Caso seja condenado, ele pode enfrentar uma pena de mais de 40 anos de reclusão. Além de Cameli, outras pessoas, incluindo familiares e servidores públicos, também estão sendo investigadas e foram denunciadas na mesma ação.
Essas foram as últimas notícias sobre o caso envolvendo o governador do Acre. Acompanhe os desdobramentos dessa investigação para saber mais informações.
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