A origem indiana: uma influência marcante em 40% da população guianense
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A origem indiana: uma influência marcante em 40% da população guianense
Em 2015, a descoberta de petróleo na Guiana despertou a atenção para este pequeno país da América do Sul. Com uma das menores densidades demográficas do mundo, a Guiana é o único país de língua inglesa na região e possui um presidente muçulmano, sendo o segundo a ocupar tal posição na América Latina e no Caribe. Vale ressaltar que cerca de 43% da população guianesa tem origem indiana, sendo o presidente Irfaan Ali um deles. O islamismo é a segunda religião mais predominante na Índia, depois do hinduísmo.
No século 14, a Guiana era habitada por tribos ameríndias semi-nômades, principalmente Warraus. Cristóvão Colombo avistou a Guiana em 1498 durante suas viagens em nome da Coroa Espanhola. Os holandeses estabeleceram entrepostos comerciais na região em 1580, trazendo escravos africanos para trabalhar nas plantações de açúcar a partir de 1620. Ao longo dos anos, a Guiana passou pelas mãos de holandeses, franceses e britânicos. Em 1889, uma disputa territorial com a Venezuela foi resolvida a favor da Guiana em uma arbitragem internacional.
Em 1953, o Reino Unido suspendeu uma nova constituição na Guiana e instalou uma administração interina. Em 1960, a Guiana conquistou um autogoverno e, em 1964, conflitos raciais e motins violentos marcaram o país. A chegada dos imigrantes indianos coincidiu com a abolição da escravidão na Guiana. A demanda por mão de obra levou à vinda de trabalhadores indianos, que chegaram ao país em 1838. Esses imigrantes, conhecidos como “Gladstone Coolies”, vieram em dois navios e concordaram em trabalhar nas lavouras em troca de dinheiro.
O sistema de trabalhadores contratados na Guiana, que durou mais de 75 anos, era semelhante à escravidão, de acordo com o Ministério da Educação do país.
A imigração indiana teve um impacto significativo na indústria açucareira da Guiana, impulsionando sua economia e proporcionando prosperidade.
Entre 1838 e 1918, cerca de 238.909 indianos foram trazidos para a Guiana Britânica como trabalhadores contratados.
5 de maio é comemorado como feriado nacional na Guiana em celebração à chegada dos indianos. Festividades indianas, como o Diwali e o Holi, também são celebradas pelos guianenses.
A região de Essequibo, na Guiana, representa 70% do território do país e possui ricos recursos minerais, incluindo ouro, cobre, diamante e petróleo.
A Venezuela reivindica Essequibo há mais de 100 anos, resultando em tensões na região fronteiriça.
A Venezuela realizou um referendo, no qual a maioria dos votantes aceitou oficialmente incorporar Essequibo ao território venezuelano. No entanto, a Guiana considerou o referendo ilegal.
A disputa territorial entre a Venezuela e a Guiana também preocupa o Brasil e os Estados Unidos, devido aos possíveis desdobramentos na região amazônica.
Além disso, a Guiana também possui uma disputa territorial em aberto com o Suriname.
Os presidentes da Venezuela e da Guiana concordaram em realizar uma reunião para discutir a disputa territorial em Essequibo.
Irfaan Ali tornou-se o presidente da Guiana em agosto de 2020, após vencer as eleições e derrotar o presidente em exercício, David Granger, em meio a alegações de fraude eleitoral.
Esses são os principais aspectos da história e das atuais disputas territoriais da Guiana.
A Guiana, país localizado na América do Sul, passou por uma mudança significativa em seu panorama econômico com a descoberta de grandes campos petrolíferos em suas águas profundas. Essa descoberta, feita pela empresa Exxon, pode transformar as perspectivas econômicas do país.
O Partido do Povo Progressista (PPP), de ideologia de esquerda e socialista, governou a Guiana por dois longos períodos desde sua fundação em 1950. Além disso, o país é membro da Commonwealth desde 1970, um grupo composto por antigas colônias do Reino Unido.
Antes da descoberta do petróleo, as principais fontes de riqueza da Guiana eram suas florestas, plantações de cana-de-açúcar, campos de arroz e reservas de bauxita e ouro. No entanto, mesmo com esses recursos, o país continuou sendo uma das nações mais pobres da América do Sul nas primeiras décadas do século 21.
A sorte da Guiana começou a mudar em 2015, quando foi feita a primeira descoberta de campos petrolíferos em águas profundas no bloco Stabroek, ao longo do litoral. Desde então, outros 17 campos de petróleo foram encontrados no mesmo bloco, com a expectativa de que a produção diária chegue a cerca de 750 mil barris até 2025.
Além disso, a Guiana possui três idiomas oficiais: inglês, crioulo guianense e outros. A expectativa de vida no país é de 67 anos para homens e 73 anos para mulheres.
